Page Turner (“O Virador de Partituras”, em tradução livre) é um drama coreano de três episódios que foi ao ar em 2016, estrelando Kim So Hyun (Estrela de Love Alarm, A Lua que Abraça o Sol, Bring it On Ghost, entre outros), Ji Soo (seu primeiro papel de protagonista, depois fazendo sucesso em Primeira Vez Amor e Strong Woman Do Bong Soo) e Shin Jae Ha (Enquanto Você Dormia, Pinóquio, Louvor à Morte).
A série foi exibida somente pela internet e conta a história de uma pianista com uma mãe obcecada que sofre um acidente e precisa aprender a ressignificar sua vida com a ajuda de um ex-atleta que, também por causa de um acidente, precisa encontrar uma nova habilidade para substituir uma paixão. No meio desses dois, o rival da pianista, que sente-se responsável por ter desejado o acidente para pessoas que possuem grande talento e resultados sem esforço.
A premissa é simples, em torno do crescimento de uma mocinha bem arrogante e um bondoso rapaz sem sonhos. Entretém bastante, especialmente por ser, na prática, quase um filme. O roteiro é da Park Hye Ryun, autora de Start Up, mas com um roteiro bem menos polêmico. O diretor é Lee Jae Hoon, o mesmo de Run On, na Netflix.

Por que assistir à série?
Se gostar da Kim So Hyun e do Ji Soo, é uma ótima forma de conhecer um trabalho fofo. É o primeiro papel de protagonista de Ji Soo, e ele já brilhava muito.
Se gostar do tema “música”, especialmente a clássica, piano, é uma boa pedida. Não é para especialistas no assunto, mas aborda de forma leve e fofa para quem tem interesse.
A história é muito curtinha e não vai doer nada assistir. Se gostar de doramas fofos ou escolares é um brinde.
Personagem com deficiência visual. Não é interpretado por uma atriz com deficiência visual, mas é uma abordagem diferente e bem delicada que não tem em todo dorama.
Por que eu posso não gostar?
Porque o romance não fica muito bem definido – na verdade, não tem casal mesmo – e tem uma espécie de triângulo amoroso. É, bem a cara da Park Hye Ryun com Start Up, mas pelo menos não desgraça a vida de ninguém por causa de um romance. É mais focado na música e nos objetivos dos personagens, com momentos fofos de muito cuidado que induzem um relacionamento, mas acho que acaba mais no campo da amizade com interesse platônico. Isso pode ser um pouco frustrante se você quer apenas ver um dorama com beijinhos.
Conclusão
Page Turner é uma obra doce, descomplicada, mas ainda assim toca o coração ao falar de amizade, sonhos e crescimento pessoal. É o tipo de dorama para ver quando você quer sentir um calorzinho no peito e motivar-se. A história não tem nem vilão, é puramente um “pedaço da vida”. Fica a sensação de que poderia ser maior e ter mais respostas, mas talvez mais tempo poderia estragar a história.
O que ver a seguir?
Se você gostou da química entre Jisoo e a Kim So Hyun, fique de olho no dorama de época que eles vão estrelar: River Where The Moon Rises (Rio Onde a Lua Nasce, em tradução livre).
Agora, se você quer um olhar completamente insano e competitivo, com mães abusando psicologicamente de suas filhas em nome da música, sua pedida é A Cobertura (Penthouse). Um dorama que é totalmente o oposto de Page Turner: só tragédia!
Se pensa em ver algo muito leve, apesar de ter uma premissa meio sem pé nem cabeça (uma IA consciente de uma pessoa que existiu, com memórias que nunca foram ensinadas a ela) mas boa música e um clima lento, tente A Piece of Your Mind.