Dorama original do Netflix, Love Alarm tem uma premissa moderna sobre um aplicativo que toca quando há alguém apaixonado por você em um raio de 10 metros. A partir disso, as relações humanas se tornam complicadas e obcecadas não mais por likes, mas por toques no aplicativo. A história é baseada em um quadrinho virtual de sucesso e segue a fórmula de Primeira Vez Amor, dividindo os 16 tradicionais episódios de dorama em duas temporadas, sem a menor necessidade.
A trama (e a inconsistência dela)
Interpretada por Kim So Hyun (“Moon Embracing The Sun“, “School 2012”) , Kim Jojo (seu nome pode ser uma referência a “Joa”, verbo gostar em coreano e nome do aplicativo original, Joalarm) é uma garota órfã que vive trabalhando para sua tia. Ela sofre nas mãos dela e de sua prima detestável (Go Min Si) por causa das dívidas que sua mãe deixou.
Um dia, Jojo acaba atraindo a atenção de Kwang Sun Oh (Song Kang, de “The Liar and His Lover”, Navillera e Nevertheless), o modelo que se torna o garoto mais popular da escola, que é também melhor amigo de Lee Hye Young (Jung Ga Ram, que levou prêmio de melhor ator revelação no filme “Fourth Place”), o garoto que esteve apaixonado por ela há anos. A história se desenvolve em volta desse triângulo, mas é muito confusa.

Apesar de toda a modernidade da proposta de redes sociais, um pouco de representação LGBTQ (o aplicativo toca quando você ama alguém independentemente do gênero), fascinação com idols, apps e fotos sem camisa no celular, a trama desliza forte em 2005 com o clássico “minto para te proteger” em uma situação que, pelo menos na primeira temporada, não faz o menor sentido. Pelo contrário, dá raiva.
O principal conflito da trama é baseado em uma escolha burra da protagonista. Sem a menor coerência (porque há uma passagem de tempo brusca e sem sentido), ela faz uma escolha cruel e aleatória, difícil de ser justificada. Mesmo se for um caso de “sogra rica maligna”, acho difícil que Love Alarm me convença que essa era a única escolha da garota, que mesmo adulta não consegue justificar-se. Fica aí o desafio para a segunda temporada.
Nem tudo é péssimo, há algumas questões interessantes, como uma análise que pode ser feita sobre o fanatismo das relações pautadas em tecnologia, algo que hoje pode ser feito com “por que você não curtiu minha foto?”, mas é levado ao extremo.

Além de uma incipiente menção a casais LGBTQ, há também um avanço no fato de que os garotos do triângulo amoroso não brigam pela menina inicialmente porque concordam que ela mesma deve decidir e isso não tem nada a ver com eles. Porém, isso também mostra uma canalhice sem tamanho do “melhor amigo” do garoto apaixonado pela protagonista há anos. Tudo bem que o menino é um bolha e nunca tentou sequer uma interação com ela, mas o “muy amigo” decide simplesmente puxá-la para um beco para beijá-la. É o começo de relacionamento mais bizarro e sem química que já vi em um dorama. Essas escolhas questionáveis fizeram com que eu não torcesse por nenhum dos protagonistas, embora eu simpatize com o Sun Oh.

Por mais misteriosa que a trama queira parecer, achei o corte de passagem de tempo grosseiro, mal amarrado, com uma evolução duvidosa dos personagens. É uma pena, pois a trilha sonora é agradável, as cenas são bonitas, a produção parece boa, e a relação com a tecnologia traz várias discussões interessantes, como o bullying, a solidão e a dificuldade de parar de gostar de alguém de repente, mesmo quando essa pessoa não presta.
Jogando bastante contra a minha fé em uma melhora na segunda temporada, os roteiristas trabalharam em Coffe Do Me a Favor (2018), cuja sinopse é a seguinte: uma garota que toma um cafe magico e emagrece, fazendo com que o seu amigo comece a vê-la como mulher. Difícil acreditar em uma história dessas publicada no ano passado. Por isso, tenho fortes dúvidas sobre um roteiro consistente, mesmo que baseado em um material superior.
Concluindo: Love Alarm é ruim. Os personagens são truncados e incompreensíveis, os relacionamentos são bacanas no início, mas se tornam estranhos, a escolha de apresentação da ordem dos fatos apresentados é péssima, mas a produção do Netflix tenta salvar. Se a segunda temporada vai melhorar seus imensos problemas, apenas um plot-twist gigantesco e elaborado pode fazer isso.
Que análise boa. Assisti a segunda temporada e não salva. A premissa tem potencial, mas não tem roteiro nem boa construção dos personagens. Outra coisa que não tem e faz falta é uma boa construção dos personagens secundários, que fazem muita falta para dar dinâmica à história.
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Comecei assistir hj, tbem estou achando os personagens truncados.
assisti navillera com este ator amei!!
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ufa ia começar a assistir, mas não vou perder tempo kk, obrigada
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concordo muito, não consegui passar do segundo cap, história sem sentido, personagens extremamente fracos e pra completar chega a ser tóxico todos os relacionamentos mostrados… sla tinha tudo para ser bom e passar uma mensagem sobre o tema, mas falhou….
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Vc disse que a série é ruim? Não fala isso da minha série coreana favorita se vc não gosta guarda pra vc não fala pode magoar os fãs que amam e adoram a série
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Eu não gostei não. Mas isso não te impede de gostar. =) Fique tranquila, ainda pode continuar sendo sua série favorita.
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Ameiiii❤❤❤❤tem que sair logo a segunta e terceira temporada 😍😍😍😭😭😭
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Parabéns pela resenha representou tudo que eu senti, ri algo com o “muy amigo” e fiquei decepcionada, esperava muito mais com esse dorama. Pouquissima coerência, diálogos fracos e da muita raiva mesmo.
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Vi apenas o primeiro episódio e detestei bastante. Sinceramente, não sei se verei o resto, porque será muito tempo de vida gasto com algo que já não gostei. Dois personagens fizeram uma escolha muito nonsense e o outro… Eu entendo que timidez é algo difícil, mas não justifica o comportamento bizarro de stalker. Sei lá.
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Eu também sou desse time. Senti muita angústia assistindo. Sou fã da So Hyun e isso me fez aguentar mais, mas não estou animada para a segunda “temporada”
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Love alarm foi o melhor drama que já assisti, discordo muito
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