Resenhas de Kdrama

[Resenha] Atriz de Secretaria Kim é Rainha por Sete Dias em drama histórico emocionante

Queen for Seven Days (Rainha por Sete Dias) é um drama de 2017 da KBS, possuindo 20 episódios que interpreta uma lenda da época de Joseon sobre a Rainha Dangyeong, que foi coroada, mas permaneceu somente sete dias no poder antes que uma revolução tomasse conta. Assisti pelo Viki, mas entrou na Netflix em 2023.

A sinopse: o rei “louco” e seu meio-irmão brigam pelo amor de uma jovem filha do secretário real e também pelo direito ao trono, buscando um testamento de seu pai que contém o nome do verdadeiro herdeiro. A trama foi escrita pela Choi Jin Young e a direção, do Lee Jung Sub, de A Última Missão do Anjo: O Amor, que trabalhou com a Park Min Young em Healer e Glory Jane.

@leekangdoo

Assim como A Lua Abraça o Sol, a série é dividida por etapas, começando na doce fase da infância e amigos que pensam ser inseparáveis. Adorei a fase das crianças. É muito bem feita e os atores lembram fisicamente suas versões crescidas e a atuação parece contínua, parecem as mesmas pessoas (diferente de A Lua Que Abraça o Sol que a principal é melhor criança). Sou apaixonada pelo trabalho da Park Si Eun, que fez tantas mocinhas jovens com um trabalho impecável (30, mas 17 e Faça Chuva, Faça Sol, por exemplo) e hoje é uma idol, do grupo StayC. Na passagem de tempo, ela fica ainda mais encantadora, no corpo de Park Min Young, a Secretária Kim.

@letsflytoasiarenata

A passagem emocionante da infância para a adolescência se dá quando o meio-irmão mais novo, Lee Yeok, (Yeon Woo Jin, de My Shy Boss) acaba sendo expulso, se torna um pária e vítima de uma armação. Com seu desaparecimento, a jovem Shin Chae Kyung acaba se aproximando de Lee Yong, o rei louco (Lee Dong Gun, A Última Missão do Anjo), e se torna o nome principal para tornar-se sua esposa.

Apesar de ser muito temido por todo o reino, somente a moça consegue acessar seu coração. A união parece certa, e ela está mexida, quando alguém muito parecido com o fantasma de seu passado e primeiro amor aparece para balançar seu coração e enlouquecer o rei. O problema é que apesar da semelhança física, ele parece até outra pessoa, sedento por vingança, frio e calculista, mas seus sentimentos começam a balançar novamente.

@jernahorizon

Esse complicado e perigoso triângulo amoroso pelo amor da mocinha fica ainda mais acirrado porque corre em paralelo a uma busca incessante por um testamento capaz de depor o atual rei. Quem perder esse amor pode perder tudo, inclusive a própria vida. Entra, então, a parte política da história, que é bem interessante, especialmente quando vemos um grupo de revolucionários, um dos pontos mais positivos do kdrama. Dá medo do que vai acontecer, ainda mais porque desde o início sabemos que em algum momento a Rainha caminhará em direção a uma forca e o final muito provavelmente não será feliz.

O que contribui demais para essa sensação de incerteza que faz você devorar a história é a personalidade do rei, que é um dos mais tiranos vistos representados em kdramas. Lee Dong Gun mandou muito bem em sua atuação. Completamente insano, realmente dá medo dele, mas o drama acerta muito ao mostrar um lado carente que aprofunda o personagem e dá até para ter pena dele por conta das pressões que ele passa e como ele vai ficando tocado ao perceber-se apaixonado, mas cego de ciúme do meio-irmão. Um dos pontos mais legais da história é o desenvolvimento da personalidade dos personagens, que têm várias camadas e não são totalmente vilões, tendo seus desejos, medos e incertezas.

Para fomentar ainda mais essa rivalidade temos um núcleo de personagens rebeldes que mostram um lado diferente dos dramas históricos: são um grupo revolucionário de espiões, que tem como personagem central Yoon Myung Hye, uma espiã habilidosa e parente de alguém influente no palácio. Além de adorar a atriz Go Bo Gyeol (Heavenly Idol), a personagem tem um papel muito importante na história, já que é apaixonada por Lee Yeok e simboliza escolhas difíceis: a revolução ou o amor? A emoção ou a razão? Ciúme ou deixar ir? Apesar de poder ser vista como vilã para alguns, acho bem escrita e humana. Ela é um vínculo de Lee Yeok com a persona mais amargurada e centrada que ele se tornou, enquanto Chaekyung é a nostalgia de infância. A jovem é longe de ser passiva e vive um dilema entre apoiar seu amor ou agir no impulso e eliminar sua adversária.

@stoptheclocksforever

Conclusão: e aí, é bom?

Trágico e provedor de muitas lágrimas, Queen For Seven Days é um saeguk (dorama histórico) raiz extremamente envolvente. Um ótimo jeito de começar a ver esse estilo de doramas. O roteiro é daqueles que precisa de alguns perdões para funcionar (“como ele sobreviveu?”, “como fulano não viu isso?”, “como ninguém percebeu?”), contando com cenas por vezes exageradas. Mesmo assim, é um enredo construído de uma maneira muito certeira: uma onda emocional, doce, mas dramática e envolvente, cheio de reviravoltas, muito romântica e impossível de não torcer por ninguém. Recomendo para quem gosta de dramas intensos, romances trágicos e histórias de vingança.

Apesar disso, também há uma inexplicável leveza proporcionada pela protagonista, que é doce, divertida, ousada e forte tanto na versão criança quanto na adulta. É uma mocinha apaixonante, que é bem o estilo de trabalho da atriz Park Min Young. O casal principal também evolui a cada episódio e você não vai precisar esperar assistir os 20 para saber quem ela escolhe ou ver beijos. Há uma evolução constante que mexe muito com os sentimentos.

Em geral, acho 20 episódios um pacote muito longo para um kdrama. Acredito que funcionaria bem com 16, mas a divisão em fases ajuda a quebrar um pouco e deixar as emoções bem distribuídas, com pequenas conclusões em cada parte. Não senti que o enredo estava arrastado demais, apesar de achar que poderia ser mais curto. O conteúdo é suficiente para fazer viver uma montanha-russa de sentimentos.

Enfim: um kdrama histórico de primeira para quem tem o coração apaixonado por romances trágicos.

Nota:

Avaliação: 4.5 de 5.
@dancerkai94

Recomendações

Se você quer uma trama levinha, completamente oposta a Queen For Seven Days, opte por Moonlight Drawn By Clouds. Esse drama é focado exclusivamente na comédia e no romance.

Se quer outro dramão melodramático e triste, com destino, traições e muita politicagem, o clássico premiado A Lua Que Abraça o Sol é ideal e tem o Kim Soo Hyun, grande ator queridinho. Sou apaixonada por essa história.

Se ficou encantado pela história do movimento rebelde, com certeza vai gostar de Mr. Sunshine – Um Raio de Sol. Não é na mesma época, mas tem essa ideia de grupo de resistência.

5 comentários

  1. Dorameiros, não curti muito a Chae K., uma menina inteligente e impetuosa, mas uma mulher açucaradamente ingênua, com um amor possessivo e egoísta. No momento que o “mundo” deles começa a despencar por um rei tirano, e as pessoas precisam escolher um lado, ela fica alheia, tentando equilibrar o q tá na cara que não dá pra mediar, e chorando sem parar sem atitudes astutas. Teve momentos que achei que ela sozinha iria colocar tudo a perder. Achei frustante confesso! Não sei se Yeok andou perdendo mta coisa!

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  2. Adoro esses filmes coreanos com romance inocente. Assisto a todos e fico sempre buscando mais com os atores dos filmes que gostei de assistir como alarme love, apostando alto,anjo do amor,rei eterno amor de verão,enfim quase todos assisti. My secret romance,garota do século 20,was It Love,inheritos ,goodmornig call,me apaixonei por todos. Estou assistindo agora Sing again

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  3. Amei esse drama! Mas fiquei em dúvida sobre a parte final. Eles realmente se encontraram diversas vezes, tiveram filhos fora do palácio? Ou era tudo sonho do rei?

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    1. Foi um sonho do Rei. Ele se casa com outra e tem um filho. Ao final, a beira da morte, ele chama a rainha para ir vê-lo pela ultima vez, passados 39;anos, onde morre em seus braços. Final lindo e triste.

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