Resenhas de Kdrama

Análise de The Good Bad Mother: o simbolismo dos porcos e o mal dentro de nós

Análise detalhada do dorama The Good Bad Mother, trazendo elementos da psicanálise para avaliar a história.

“The Good Bad Mother” é um dorama de 14 episódios, disponível dublado na Netflix. A história gira em torno da vida de Jin Young Soon, uma mãe solteira que veio do meio rural e criou um procurador bem-sucedido. No entanto, seus próprios desejos de ter poder para proteger seu filho acabaram transformando-a em uma mãe rigorosa e fria, o que afastou os dois. Quando o filho passa por uma doença que o faz regredir de idade, eles precisam reformular seus laços.

Esta resenha contém um montão de spoilers moderados e análise profunda. Se preferir, veja só minhas primeiras impressões.

Enredo

Ocasionalmente aparecem algumas tramas que realmente valem à pena, e “The Good Bad Mother” é uma dessas que te transformam por dentro. Escrita pela roteirista Bae Se Young, que tem mais filmes do que doramas em sua carreira, a série apresenta uma reflexão sobre projeções familiares na busca pela perfeição de seus filhos, resultando em uma educação baseada em agressões físicas e rigidez. A trama é uma oportunidade de “retorno ao útero” para a mãe cuidar de seu filho novamente e permitir que ele veja seus cuidados sob uma nova perspectiva.

Se por um lado vemos a mãe como uma heroína injustiçada, se considerarmos apenas a visão que o filho dela tem, que ocorre após seu nascimento, então ele conhece uma mulher obcecada pelo sucesso que não permite que ele fraqueje – o que não é muito diferente do que a filha do deputado Oh Tae Soo também conhece de seu pai (ela fica chocada com o que o seu pai se tornou, mas tinha uma imagem positiva dele antes, o que é invertido em relação ao protagonista). O que conhecemos antes, do passado da Young Soon, seu filho não a conhece, assim como nós não conhecemos a versão jovem dos nossos pais que fizeram tomar suas escolhas, e ambas as visões estão corretas. É necessário acolher a dor desse filho que tem a visão de uma mãe violenta e “má”, assim como, sendo espectadores fora da história, conseguimos absorver a dor dessa mãe em viver na pobreza e injustiça.

Em paralelo a isso, temos uma trama de vingança borbulhando e esperada pela audiência: afinal, Kang Ho é promotor envolvido com os algozes de sua família. Ficamos o tempo todo imaginando como seria se ele resolvesse se vingar, como seu papel em A Lição – até descobrir a história que está se desenrolando. Ah, o dorama também tem romance, sim, e uma história linda de perdão, amor e cuidado.

Para deixar tudo mais leve, tem algumas cenas de comédia, mas que não derrubam o dorama e são até bem vindas para cortar um pouco do clima desolador. Isso torna a série mais leve, mesmo que seus temas sejam tão densos.

“A vida não é minha, é sua, mãe.”

Elenco:

A espetacular Ra Mi Ran interpreta Jin Young Soon, uma mulher do campo que enfrentou muitas dores e perdas na vida, mas sem perder uma certa doçura e resiliência, uma espécie de negação dócil que a defende das tragédias da vida. Seus sonhos foram esmagados por outras pessoas, levando-a a usar seu filho como uma forma de obter poder, para que eles não sofram mais. É uma mulher que não teve escolha a não ser forte, jamais por ela mesma, mas por seu filho. Sua vida é uma devoção eterna ao amor, mas, como a própria personagem descobre, sua vida é valiosa por ser tão importante, como uma mamãe porca, para as pessoas que ama. Assim, ela aprende a se valorizar também.

O filho é Lee Do Hyun (A Lição), um rapaz com poucas habilidades sociais e uma paixão por desenho. Ele cresceu ouvindo que precisava se tornar alguém com poder para ter sucesso na vida, o que o afastou de sua mãe. Por causa disso, promete se tornar cruel igual aos homens que supostamente fizeram seu pai tirar a própria vida e assim ele se afasta de tudo que não for de acordo com esse objetivo. Kang Ho se torna um filho, amigo e namorado “mau” em nome de uma causa do que ele considera do “bem”. Preciso destacar aqui também como é absurdamente convincente sua transição para um menino de 7 anos.

A menina que nasce no mesmo dia que ele é Anh Eun Jin (Hospital Playlist e Strangers from Hell e O Palhaço Coroado). É sua amiga de infância e amor interditado pela mãe. É, segundo o personagem, um “raio de sol” em sua vida fria, mas ele precisou abrir mão disso também, porque não há espaço para doçura quando precisa externar o mal. A personagem carrega um segredo e mágoas justificáveis em relação ao protagonista, que foi “mau” com ela, e, por conta disso, também age de maneira “má” com ele, apesar de amá-lo até hoje. É uma personagem fundamental para falar sobre perdão e amor, mesmo com mágoas, além de ser, também, uma mãe “ruim”, que faz seus filhos sofrerem para o bem deles, protegendo o segredo sobre seu pai.

O que significam os porcos no dorama The Good Bad Mother

Na cultura coreana, os xingamentos frequentemente envolvem referências a animais, em vez de comumente expressões sexuais como é no ocidente. O termo “porco” (돼지, dwaeji) está presente em diversas expressões e gírias usadas para se referir a uma pessoa gananciosa, materialista ou avarenta. Em algumas expressões coloquiais ou gírias em coreano (como “dwaeji jjige”, “dwaeji palja” e “dwaeji mokkori”), o porco aparece como sendo ávido por comida, que é outro tema importante na série e já vamos falar sobre isso abaixo. Popularmente para nós, o porco também está associado à poupança, representando a importância do dinheiro na trama – a fazenda torna-se rica (porco = poupança, dinheiro) quando investe na criação de porcos.

“Apenas caindo o porco pode olhar para cima; isso se aplica aos porcos e aos humanos.”

Como deu para perceber, o simbolismo dos porcos no dorama é importante. Todos os personagens que se tornam “porcos gananciosos” só conseguem enxergar a vida de uma forma diferente quando caem. Por exemplo, a mãe só entende o verdadeiro impacto de suas ações quando o filho se afasta dela e se torna frio. Já o filho, que é um promotor ambicioso, só recupera sua humanidade quando adoece e regride. Por sua vez, só recupera a si mesmo quando cai uma segunda vez.

No final do dorama também é revelado que a palavra “Conexão” possui os hangja de “laço” e “porco”, porque seria tão difícil enlaçar um porco quanto criar uma conexão com alguém. O porco também tem símbolos ironicamente nobres comparados aos humanos da série. Apesar da má fama, os porcos são criaturas limpas, fazem de tudo por seus filhotes, ao contrário do que fazem alguns humanos chamados de porcos.

Os porcos doentes

“The Good Bad Mother” é um dorama que aborda a ideia de como um único comportamento pode afetar o ambiente e a rotina das pessoas, assim como um porco pode contaminar os outros e acarretar no sacrifício de todos. Essa metáfora existe no vilarejo (quando um “Porco” chega e influencia os moradores) e se estende para a personagem principal, Kang Ho, cujo comportamento inesperado desencadeia mudanças significativas na vida das pessoas ao seu redor, deixando-as preocupadas e fora de suas expectativas. Assim foi o pai, que desencadeou as mudanças na vida dessa família, e a mãe, em suas atitudes e condição de saúde, que afetou todos, mais tarde, positiviamente, com sua alegria e a música contagiante que me faz chorar (“Estou muito, muito feliz”).

A série também explora a relação entre os porcos doentes e a mãe de Kang Ho, estabelecendo uma conexão metafórica entre eles. Enquanto os porcos sofrem na série, sua mãe também enfrenta problemas de saúde e adversidades. Essa analogia revela o quanto as pessoas ignoram seu próprio lado “porco” e projetam essas características nos outros, mesmo quando protestam contra uma fazenda de porcos. A série consegue abordar esse lado ambivalente também nos porquinhos e nesse significado: quando parte, a mãe de Kang Ho deixa gravado em todos uma mensagem de alegria. O meio nos afaeta, mas também afetamos o meio.

A relação primordial entre mãe e filho na psicanálise

Quando o bebê nasce (e até antes disso), a mãe é a única fonte de alimento, alegria e alento. A forma mais básica de vínculo materno é através do leite, do alimento pelo cordão umbilical. É através da alimentação que a criança sente o desconforto sumindo e aprende o que é amor pela primeira vez. Até a fase adulta, muitas crianças associam para sempre esse prazer com o ato de se alimentar. Assim, a comida vida um símbolo de afeto e prazer.

Em outro momento, somos apresentados à maternidade real e à abdicação da mãe de si mesma, especialmente quando se tem filhos pequenos. A vida das mães é dedicada aos filhotes, e elas estão constantemente presas nessa função de cuidar e amamentar, sempre se levantando para cumprir esse propósito.

Uma criança que deseja tanto comer, mas é impedida por sua mãe, como acontece com Kang Ho, tem uma recusa de afeto por essa mãe. E assim como os nutrientes preenchem o corpo da criança, o afeto preenche o coração. O protagonista fica vazio de carinho e por isso segue por um caminho sombrio, em recusa ao que lhe dá prazer e lhe foi negado (comida, namoro, vida simples), em busca dessa coisa que a mãe ama, que é o poder. Ao se aproximar do poder, Kang Ho busca o amor da mãe que não teve através do afeto. Afinal, se ele chegar perto do sonho da mãe, talvez ela o ame. No entanto, quando o alcança, paradoxalmente ele precisa se tornar outra coisa, alcança o gosto pelo poder e substitui a necessidade de amor de mãe pela necessidade de poder e obsessão pela vingança. O corte de laços com sua mãe é simbolizado de maneira máxima quando ele arremessa a marmita de panqueca de feijão, marcando a recusa definitiva de seu amor e sua transformação em outra pessoa e a “morte” do eu antigo.

No entanto, os porcos ávidos pela comida, ou os humanos obcecados por dinheiro, acabam afundando na lama, obcecados pela sensação de prazer, engordando de ego e de maus hábitos, e não olham mais para cima, somente para os mortais que ficaram abaixo de si. As pessoas gananciosas olham os outros sempre de cima, olhando para baixo. Então uma queda os faz ter que olhar para cima novamente. Para cima, seus valores espirituais, tanto quanto recuperar a humildade.

É a partir daí que o filho se alimenta dessa mãe. Regredindo, resetando essa relação, a mãe tem uma nova chance, e agora ela implora para que ele aceite seu afeto. Com paciência, ele volta a comer, e a partir disso, o vínculo é estabelecido.

Ufa. Não é absolutamente incrível essa série?

A queda dos porcos e dos humanos

A série também explora a ideia de que só é possível olhar para cima quando se está no chão. Essa ideia se aplica tanto aos porcos quanto aos seres humanos. Quando Kang Ho sofre um acidente de carro e capota, é a partir desse momento de queda que ele começa a olhar para cima novamente. Não me parece coincidência que na cena seguinte ele acorde olhando para cima deitado em uma cama.

A série enfatiza a importância de se levantar mesmo diante das maiores quedas. Kang Ho reaprende a andar e a se levantar em momentos de extrema adversidade. Essa jornada é representada por várias quedas, uma após a outra, onde Kang Ho encontra a força para se levantar novamente. Da mesma forma, seu filho também encontra a coragem para levantar sua mãe quando ela está prestes a desabar e desistir. Porém, mais uma vez em nome do filho, ela desiste da ideia e decide reerguer-se. A série aborda, assim, a ideia de levantar-se, que é um tema recorrente ao longo da trama, mostrando como a mãe suporta tudo e se levanta mesmo diante das piores dificuldades.

Além disso, há um conforto na dor que poucos abordam. Quando a mãe diz para o filho “não é que você não consegue, você não quer”, isso lembra as vezes que escolhemos ficar caídos, porque a dor de levantar talvez seja maior.

Se chorei que nem uma porquinha durante essa cena? Nessa e em várias. Senti lá dentro uma dor absurda.

A história gira em torno das pessoas que estão ao seu lado durante essas quedas, especialmente a figura materna, independentemente de quem ela seja na vida de cada um. Essa pessoa está lá, de braços abertos, esperando pela queda e pela caminhada subsequente do encontro de bem e mal, e nosso enfim equilíbrio.

A genética dos traumas

É belo como a série fala sobre as repetições da vida. O ciclo de “azar” da mãe que ela quase faz o filho repetir em sua vida escolhida a partir de seus ensinamentos. Ela renegou seu talento artístico, fez o filho fazer o mesmo, mas sua netinha tem talento artístico. É uma chance de quebrar mais uma amarra da família, mais um “laço colocado na cabeça do porco”. Nossas famílias carregam traumas de comportamento por gerações e podemos estar ali, focados no vazio, ou “colocar algo no lugar” ou “quebrar aquele padrão” que se repete. É belíssima a mensagem.

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Opinião:

Em minha opinião, “The Good Bad Mother” é um dos melhores doramas do ano (pra mim, é o melhor!) e até de todos os tempos, apresentando excelentes relações familiares exploradas de forma não unilateral. Eu reabri esse texto dezenas de vezes para acrescentar informações e há tantas interpretações lindas que eu acredito que vocês mesmos podem ter impressões belas para compartilhar abaixo. É aquele tipo de série que você recomenda para quem fala mal de dorama para a pessoa ficar quietinha. É aquela série que você pensa de vez em quando antes de dormir e que mudou algo dentro de você.

Fiquei surpresa com a reviravolta que a série tomou, sendo praticamente o oposto de “A Lição”, mesmo encaminhado para ser um dorama que encontra “vinganças cavalares” e “trama de redenção”. Em “The Good Bad Mother”, somos apresentados a uma história sobre pessoas que se tornam más por amor, especialmente quando a personagem materna assume o papel de uma mãe ruim para seu filho amado. A trama aborda a dor e os desafios enfrentados por essa mãe ao assumir essa posição, mas não é só isso.

A série é sobre os erros que cometemos tentando acertar. É sobre ser mau para poder ser bom. É sobre odiar com amor. A namorada que se torna fria e carrega raiva pelo tanto que ama e é “má” com seus filhos para protegê-los da verdade sobre seu pai. É o namorado que a abandona para protegê-la, e age de forma fria com a mãe porque segue um plano em nome do amor por ela. O amor leva a atitudes apaixonadas, tão apaixonadas quanto a raiva. Por amor, somos maus, em nome de sermos bons. É esse mesmo amor que permite o perdão. O perdão de um filho em relação a uma mãe ruim, o perdão de uma mãe ruim a um filho mau.

The Good Bad Mother é uma série de amor e ódio, vingança e redenção, mas fala sobre um único tema, no fim: o amor. A história só é completa quando introjetamos o mau em nosso bem e nos tornamos mais completos, pois não é saudável viver só da falta, só da angústia, e nem só negando o “mal” necessário para fazer “o bem”.

Recomendações:

Para um vilarejo de moradores simpáticos e suas histórias, assista: Amor e Outros Dramas, Hometown Cha Cha Cha ou Para Sempre Camélia.

Para outra história para você chorar muito até desidratar com lições de vida, veja Dear My Friends.

10 comentários

  1. Adorei sua análise, que é bem detalhada e completa, eu fiquei tão mexida e emocionada com a série que me faltaram palavras para descrever o que ela significou para mim. Após ler o seu texto senti o desejo de assisti-la mais uma vez.

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  2. Fiquei muito impactada com esse Dorama é um dos melhores do ano, está emparelhado com ‘Sob o guarda-chuva da rainha’ que também fala sobre relacionamento Mãe e filhos, sua naração dividida em tópicos foi maravilhosa, muito obrigada por me trazer uma nova perspectiva sobre esse Dorama que será inesquecível.

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  3. Não há muito a dizer após estas análises completas, lindas e cheias de paixão. Mas não poderia ser diferente. Está serie abrange tantas emoções e de diferentes perspectivas que nos faz percorrer caminhos internos que muitas vezes queremos ignorar em nossas relações, sejam fraternas ou familiares. Todos os atores deram tudo si, de forma tão profunda e profissional que nos atingiram em cheio. Parabéns ao autor, tão talentoso, e a todos que participaram desta trama, e parabéns a você por essa resenha tão maravilhosa e esclarecida.

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  4. Eu amei essa série, muita lição de vida. Chorei em várias senas fortes, linda, linda de se ver , super recomendo!!
    Aprendi bastante.

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  5. É o melhor drama visto esse ano. Chorei em várias cenas . Lição de vida para quem assiste .
    E aos atores deram banho de interpretação.

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  6. Eu também fiquei apaixonada por esse dorama. As reviravoltas fantásticas, os “trancos” que aquela mãe dá (que muitas vezes parece realmente muito má e em certos momentos, sem piedade do filho), no fim, tudo faz muito sentido.
    E se for falar em dorama lindo, com amor, um pouco de comédia e muito lencinho, além do A caminho do céu, também superindico o “Uma segunda chance” (Hi Bye Mama), fala muuuuuito sobre atitudes por amor, no início os personagens se mostram de uma forma, mas no final, precisa de muito lencinho pra assistir.
    Até mais, e muito obrigada pela resenha, foi um prazer conhecer sua página.

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  7. Esse foi o primeiro dorama que assisti e foi por indicação, nunca tinha me atentado a essas obras antes mas resolvi dar uma chance. Não posso mentir e devo dizer que provavelmente foi a melhor mídia que assisti esse ano, em todos os aspectos, me deixou completamente surpreso. Tecnicamente a série é muito boa, digo isso desde a excelente trilha sonora (que me rendeu um novo toque de celular inclusive kkk) até mesmo sua filmagem, takes e transições suaves de período de tempo, é uma coisa de primeira que torna a série envolvente e gostosa de assistir.
    Ainda na parte técnica, tenho que falar das atuações, eu sinceramente não sabia que seria desse nível, todas muito boas, me falaram que os coreanos atuam de forma caricata, pode até ser, mas em nenhum momento eles deixaram de convencer e emocionar (nisso incluo desde os personagens principais até os secundários), a atuação do Lee Do Hyun é incrível, dá pra ver que a diferença de idade do Kang-ho somente no olhar e postura corporal. A Ra Mi Ran então nem se fala, foi a força do amor de uma mãe com o peso do sofrimento numa pessoa só, muitas camadas e a atriz consegue entregar!

    Sobre a história tem tanto pra se dizer, a série tem um pouco de tudo e faz tudo muito bem, a relação do Kang-ho com sua mãe me rendeu vários momentos de emoção, aliás, poderia ter um aviso que essa série uma verdadeira arrancadora de lágrimas. O humor se apresenta em vários momentos e em vários personagens, os moradores da vila são um show a parte, todos humanos, erram muito mas não deixamos de gostar deles e eles não deixam de ser uma boa vizinhança, me arrancaram muitos sorrisos e mostraram muito carisma. A relação amorosa em foco também é muito bem construída, os dois envolvidos são carismáticos e o melhor, eles tem clima, passaram uma história de altos e baixos mas nunca deixando de lado o que é mais importante, o amor.
    Na história não tem nenhum personagem atoa ou insatisfatório, isso vai desde dos protagonistas até os antagonistas, todos contribuem pra construção da narrativa de alguma forma e também contribuem para os frequentes plot twists, ninguém fica sem participar, é uma narrativa fechada e coesa. A série se arrisca várias vezes sendo tão ousada e trazendo tantas reviravoltas, mas mesmo assim consegue fechar todas as pontas, essa construção da história é algo que não via a um bom tempo. Enfim, tem tanta coisa pra falar dessa série, de tantos personagens, de tantas atuações, da narrativa, de tantas qualidades técnicas, minha opinião ficaria mais extensa do que já é.

    Desculpe por esse tamanho de comentário no seu site, mas é porque essa série me deixou boquiaberto, acho que eu que tive a sorte de dar uma chance para ela, foi daquele tipo de mídia que quando acabou eu saí procurando tudo sobre, pra saber sobre os atores, sobre o que são os doramas, foi um verdadeiro choque, então achei aqui uma forma de compartilhar isso que senti assistindo The Good Bad Mother. Parabéns pela sua análise, você conseguiu exprimir alguns sentimentos que não consegui explicar quando assisti, e da mesma forma que você toda hora quis acrescentar algo na resenha eu também lembrei de várias coisas que gostaria de falar nesse comentário. Novamente, parabéns pela análise, foi um prazer ler sua resenha tão dedicada e bem explicada!

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    1. Não peça desculpas! Foi um prazer ler seu comentário. Seja muito bem-vindo ao nosso mundinho dos doramas! Aqui faço muitas indicações de títulos sensíveis. Recomendo muito que assista “A Caminho do Céu” e “Navillera”. Obrigada por passar por aqui e ter dado uma chance para essa série e para minha análise. Espero te ver mais vezes em novos textos. Um abraço!

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