Resenhas de Kdrama

PERSONA NETFLIX: Novas vertentes da IU

Por Hae Shin. No dia 11 de Abril de 2019, entrou em cartaz no crescente catálogo asiático da NETFLIX a série PERSONA. Com uma proposta ousada, a série antológica traz quatro curtas dirigidos por quatro diretores diferentes – uma história independente da outra – cujas durações variam entre 19 e 27 minutos. A única conexão entre as tramas é a presença de Lee Ji Eun, a nossa querida conhecida IU, como a protagonista destas quatro Personas.

Justamente por trazer um nome de peso como este, Persona trouxe grandes expectativas e curiosidades do público que acompanha os títulos coreanos. Afinal, se você gosta de doramas, certamente já ouviu falar de IU (e se não ouviu, em algum momento chegará até ela – nem que seja depois de ler essa matéria!).

Logo no primeiro curta fica claro que voce precisa esquecer tudo o que conhece sobre a IU. Esse trabalho parece diferente de tudo o que ela já fez. Para uma atriz, isso é bem positivo, porque a atuação dela é excelente, de modo que ela sabe mexer com suas emoções pelo modo que encara a câmera. Apenas comprova o quão boa escolha ela fez ao seguir a carreira de atriz, ainda que também seja uma reconhecida solista do mundo da música.

Já as histórias…

Honestamente, eu não gostei das construções. Se o objetivo era fazer pensar, muito bem, alcançaram o que desejaram. Algumas histórias dão elementos o suficiente para pensar, refletir, construir e reconstruir na mente, mas não é um tipo de entretenimento que eu goste de experimentar para passar o tempo. E acho que o pior de tudo é não ter um conclusão, mas sim um final aberto – alguns até meio sobrenaturais ou com muitas metáforas e antonomásias. Então é um pouco cansativo e gera uma sensação de ansiedade porque você não tem uma resolução ou fica criando teorias na cabeça. Além de que, com exceção da interpretação de IU e Bae Doona, nada me cativou o suficiente para que eu gostasse do que vi.

No entanto, como as histórias me deram o que pensar, decidi deixar esse texto apenas como uma ficha técnica e as primeiras impressões do que vi, mas logo teremos publicações sobre algumas das histórias, começando por Love Set. Caso você não seja adepto a spoiler, não leia, mas se já tiver visto e quiser compartilhar sua opinião sobre a trama – e o quão errada eu estou – fique a vontade para comentar!

Mas se está em busca de indicação, eu só indico se você gostar muito da IU ou curtir filmes com uma pegada CULT. Passará cerca de 1 hora e 10 minutos de sua vida assistindo isso.

LOVE SET

Love Set ou O Jogo do Amor, é primeiro dos quatro curtas, dirigido por Lee Kyung Mi e com uma duração de 19 minutos. IU (Lee Ji Eun) e Doona (Bae Doona) colocam sua rivalidade em jogo, apostando alto na consequência da vitória. IU não deseja que Doona, sua professora de inglês, se case com seu pai e se mostra capaz de ir até os limites de sua força para vencer o jogo, por mais impossível que seja. Com uma visão mais sensitiva, poética e pouquíssimas falas, Love Set é capaz de transmitir muita coisa. Não é a toa que foi o melhor dos quatro filmes.

COLLECTOR

Dirigido por Im Pil Sung, Colecionadora possui 27 minutos de duração, sendo a trama mais longa da antologia. Nele, temos a história de Baek Jeong (Park Hae Soo), um homem na casa dos 40 anos bastante inseguro e cego pelos encantos de Eun (IU). Seduzido pela jovem muitos anos mais nova do que ele, Jeong foi capaz de encerrar um noivado para ficar com ela. Após uma viagem de Eun, os dois se reencontram para uma conversa filosófica sobre amor, paixão e desejo. Para responder as duvidas de Jeong, Eun exige uma prova de amor verdadeiro.

KISS BURN

Será que beijar é um crime?, foi a tradução brasileira para o terceiro filme. Com uma duração de 23 minutos e dirigido por Jeon Go Woon, Kiss Burn traz a história de Han Na (IU) e Hye Bok (Shim Dal Gi), duas amigas colegiais que começam a planejar formas de se vingar do tratamento autoritário e machista do pai de Hye Bok. Num cenário mais interior e rural, mostra como a mentalidade de repressão e pouco diálogo pode causar uma revolta e a necessidade de um grito de liberdade com consequências drásticas.

WALKING AT NIGHT

No último curta, IU interpreta Jin Eun. Assim como Love Set, Walking at night traz o mesmo nome da atriz para a personagem e possui o mesmo tempo de duração, 19 minutos. Dirigido por Kim Jong Kwan, a história retrata o passeio noturno de um casal dentro da perspectiva onírica, nos sonhos do rapaz. Naquele mundo noir, eles conseguem conversar sobre tudo o que não foi possível ser dito enquanto estavam juntos. O mais intimista e triste da série.

Espero que você goste da resenha e se já quiser opinar aqui antes de ler a as publicações (com spoilers) que virão nos próximos dias, fique a vontade! Sua opinião sempre é bem-vinda!

FICHA TÉCNICA:

  • Drama: Persona
  • Diretores: Lee Kyung Mi, Im Pil Sung, Jeon Go Woon, Kim Jong Kwan
  • Episódios: 4
  • Duração: 20 – 30 minutos
  • Lançamento: 11 de Abril de 2019
  • Plataforma: NETFLIX

2 comentários

  1. Muito triste ver doramas para passar o tempo e a vida com ele. A vida q envelhece, que caminha para um fim q cabe a cada um ser ou não memorável. A finalidade da setima arte, no meu entender, não ė passar o tempo mas tentar apreender ou aprender qualquer coisa q possa enriquecer a alma, agregar valor ou ensinar o senso critico para se aplicar no filme real da vida…

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    1. Concordo Martha, mas acredito que todas as pessoas precisam de um escapismo de prazer de vez em quando. A vida é demasiadamente séria e dura com a grande maioria e às vezes relaxar um momento em um dorama descontraído traz um respiro para a mente. A nossa lógica de produção da sociedade atual está a serviço de quem? Qual o propósito de enriquecer a alma se o bem-estar não for alcançado? Para quem se enrique se o resultado é estresse e infelicidade? Boa reflexão! Um abraço!

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