Primeiras Impressões Resenhas de Kdrama

Abyss (2019): primeiras impressões do novo drama de Park Bo Young

Abyss (2019), ou o Abismo Mágico, é uma série sul-coreana da Netflix estrelada por Ahn Hyo Seop e Park Bo Young sobre dois amigos que morrem e reencarnam em corpos diferentes. Eles são envolvidos em uma trama de assassinato e se unem para descobrir o culpado e os mistérios de sua troca de corpo.

Produzido pela tvN, serão 16 episódios lançados semanalmente no aplicativo. A direção está nas mãos de Yoo Je Won, de Oh My Ghost (2015), também estrelado por Park Bo Young, e lembra a mesma estética sombria, com cores frias e escuras, além do clima um tanto parado, mas misterioso, com um toque de comédia.

A trama é um pouco confusa e é preciso prestar bastante atenção para entender as conexões, mas vou resumir para facilitar para todos. O bondoso Cha Min (Ahn Se Ha) tenta se matar após receber uma mensagem de sua noiva cancelando o casamento por causa de sua aparência. Nesse instante, uma luz o captura e ele acaba reencarnando em outro corpo, agora muito atraente (Ahn Hyo Seop, de 30 But 17). Ele encontra uma dupla misteriosa (participação muito especial de Seo In Guk, de Reply 1997, e Jung So Min, de Because It’s My First Life) ganha uma esfera brilhante capaz de ressuscitar pessoas.

Em outro lado, a amiga e interesse amoroso dele, a belíssima promotora Go Se Yeon (Kim Sa Rang) é assassinada e ele vai até o velório para ressuscitá-la. Ela acorda no corpo de sua arquirrival da faculdade (Park Bo Young), que possui uma aparência normal (ONDE, COREIA, ONDE???), e decide unir forças com seu amigo para tentar descobrir quem a matou e tentar livrar o nome do verdadeiro Cha Min, que está sendo acusado de assassinato.

Os dois primeiros episódios são estranhos: você vê a promotora Se Yeon, em seu primeiro corpo, investigando um assassinato, mas é difícil de se relacionar com ela. Demora para você entender quem são essas pessoas com quem eles trocaram de corpo, criar uma conexão com os principais e a relação entre eles (principalmente em relação ao crime do passado), mas uma vez que isso está estabelecido, o dorama parece que vai engrenar. Confesso que não me empolguei muito e foi complicado assistir aos dois episódios, mas vou dar uma chance para o terceiro.

Também senti um problema grande na troca das atrizes que interpretam a Se Yeon: não parece que são a mesma pessoa. Não estou falando da aparência, mas da personalidade. Park Bo Young parece… uma personagem de Park Bo Young, mas não lembra a primeira personagem, a meu ver. Eu notei isso também em Oh My Ghostess quando a atriz fez o mesmo trabalho ficando ‘possuída’ e aqui eu vejo a história se repetir: Park Bo Young é marcante demais e não consegue interpretar a personagem de outra pessoa sem criar muito em cima dela. A conclusão é que se torna algo totalmente diferente. A dificuldade que isso cria é que quando você finalmente acostuma com a promotora, ela morre e vira uma estranha. É uma transição brusca.

O que tem nesse kdrama: trama de assassinato, investigação, mistério, protagonista masculino bondoso e feminina séria, a mais mimada, egoísta, mas com o toquezinho de humor da Park Bo Young. Tem também muita ficção científica com fantasia (a esfera brilhante é o Abismo Mágico, com direito a uma equipe secreta que se transforma em animais e toma conta de estrelas) e os personagens se acostumam bem rapidamente a isso (o que é um pouco estranho).

Algo bem legal da série é o conceito de que os personagens nascem ressuscitados com a “aparência de sua alma”. Enquanto Min sempre foi rejeitado por ser considerado feio e esquisito, sua alma é linda, jovem e gentil. Isso é refletido muito bem na aparência do ator (que faz o Yoo Chan, do 30, mas 17). Se Yeon sempre foi acostumada com dezenas de pretendentes, mas quando reencarna, ela é mais baixa, tem uma aparência frágil, “pequena” e mais nova. Ponto positivo! Também há uma terceira figura que retorna como um homem velho e sujo, bem parecido com aquele filme “O Amor é Cego”. Gostei disso.

ATUALIZAÇÃO

Uma atualização vinda do futuro: a autora deste texto acabou desistindo de completar a série.

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