Primeiras Impressões

Primeiras impressões de Round 6: batatinha frita 1, 2, 3…

Squid Game, ou Round 6, é a nova sensação da Netflix. A série de 9 episódios, mas com possibilidade de temporadas, conta a história de um grupo de pessoas endividadas que aceitam entrar em um jogo mortal com dinâmicas aparentemente infantis, mas valendo a própria vida e muito dinheiro. Tem dublado e muito bem feito, por sinal. Quer ver mais séries parecidas? Fiz uma lista com algumas recomendações.

Como são apenas primeiras impressões, me desobrigo de uma análise mais completa e digo que esse tipo de série de sobrevivência realmente não faz meu estilo, ainda que toda a questão social e psicológica seja muito sedutora. Mesmo assim, acabei assistindo a dois episódios e me surpreendendo. Não vou assistir até o final, mas já que vi esses, vou comentar sobre o que se trata e indicar ao final séries parecidas que você pode gostar. (Em tempo, eu acabei seduzida pelas cenas espaçadas e toda a fama da série e decidi assisti-la. Veja neste outro texto a resenha completa).

Para começar com um bom motivo para assistir, o autor da obra é o Hwang Dong Hyuk, que já ganhou dois prêmios pelos trabalhos anteriores: o filme histórico The Fortress (2017) e Silenced (Silêncio, 2011), que fez um grande barulho na época por ser baseado em fatos e colocar em pauta os abusos sexuais do corpo docente de uma escola para crianças com deficiência auditiva que aconteceram entre 2000 e 2004.

@nowadays

Mas o que tem de interessante em Round 6? Os personagens escolhem estar naquele lugar por puro desespero, e acaba tendo logo de cara uma reviravolta que sempre deixaria todo mundo se perguntando em outras séries (“por que não conta pra polícia?”, “aff vai ser um voto só”). Adorei que aqui eles ousam um pouco mais. Além disso, o legal é a descoberta sobre a vida dos personagens antes que a gente saiba se eles vão morrer ou não. Fica mais impactante ter um desenvolvimento real-time do que apenas em flashback. Para isso funcionar, é necessário ter personagens interessantes o suficiente para que seus pecados sejam perdoados em nome de suas histórias e bons atores para fazer com que a possibilidade de suas mortes seja temida.

No elenco está o Gong Yoo, isso mesmo, nosso Goblin, e também o principal de Train to Busan (Invasão Zumbi), é um baita de um cretino nessa série. Uma curiosidade é que o ator trabalhou com o diretor no popular filme Silenced, que deu muita visibilidade para ambos.

@surii

Também temos outros rostos conhecidos, como o Lee Jung Jae, de Chefe de Estado, e o Park Hae Soo (Manual do Presidiário e Casa de Papel, como Berlin). De novidade, a modelo Jung Ho Yeon tem dado o que falar também, como seu papel como a norte-coreana refugiada Sae Byeok. Essa trama foi super interessante. Achei bem legal também aparecer um idoso que tem um tumor no cérebro (eu sei que eu me arrependeria muito de querer torcer para ele vencer), personagem do Oh Young Soo, e tem um estrangeiro, um paquistanês, interpretado por Tripathi Anupam, tentando ganhar a vida na Coreia (eu também me afeiçoei por ele e nesse instante eu decidi que não seria bom assistir porque eu tenho dedo podre para escolher favoritos em jogo de sobrevivência).

Como já mencionei, não vou assistir por motivos totalmente pessoais, mas achei muito interessante. Se você gosta de séries do tipo, pode ir porque não é mais do mesmo – e a empolgação do pessoal que não conhece séries asiáticas em geral tem provado que é uma boa pedida para conhecer um pouquinho. Tem um temperinho diferente que lembra muito o jeito psicológico de Kaiji.

Recomendações

Fiz um post especial indicando séries que podem agradar quem acabou de conhecer o universo de doramas mais sérios agora.

A obra Kaiji, que tem mangá, anime e um live action, parece um irmão mais velho sensacional de Squid Game. Lá, um universo de jogos de aposta em um navio coloca a vida dos participantes em risco.

O vovô de Squid Game, o clássico Battle Royale, que tem mangá e filmes, coloca vários jovens estudantes que não sabem de nada em uma batalha mortal um contra o outro com uma arma surpresa.

Mais um título japonês para a lista é Liar Game, um mangá que também tem live action e uma adaptação coreana é sobre participantes que podem ganhar uma bolada, se conseguirem enganar uns aos outros, custe o que custar, caso contrário suas dívidas podem colocar tudo a perder.

Mais recentemente e na Netflix, temos Alice in Borderland, que é outra adaptação de mangá, na qual amigos são transportados para uma Tóquio vazia, na qual precisam jogar jogos surpresa em arenas montadas em locais da cidade para conseguir sair.

E você? Gostou de Round 6?

2 comentários

  1. Achei muito rasa sua análise, mesmo tendo assistido dois episódios dava para além do óbvio. A série é muito mais profunda que pessoas se matando por dinheiro, ou história de cada um dos personagens que é algo q tem q abranger qq série já que falamos de pessoas. A série alé de muitas problemáticas isoladas, traz um retrato muito verdadeiro da sociedade. Um espécie de Inferno de Dantes, cortiço que trazem a mesma idéia com roupagens diferentes. Assista o resto.

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    1. Então, foi raso mesmo, porque não foi uma análise, foi só primeira impressão — achei que tinha deixado claro no título e nos primeiros parágrafos.
      Por que não publica sua própria resenha falando sobre isso?
      🙂 Aposto que muitas pessoas vão adorar saber da sua visão profunda sobre a série com essa visão nos livros.

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